Mensagem de Audrey Azoulay, Diretora-Geral da UNESCO,
por ocasião da 10ª edição do Dia Mundial da Rádio
“Novo Mundo, Nova Rádio”
Ao celebrarmos a 10ª edição deste
Dia Mundial, damo-nos conta de como o ano que há pouco terminou sublinhou o
facto da rádio, este jovem meio de comunicação de 110 anos de idade, continuar
a ser essencial para as nossas sociedades contemporâneas.
A pandemia recordou-nos o seu importante
valor acrescentado: com uma taxa de penetração superior a 75% nos países em
desenvolvimento, a rádio continua a ser o meio mais acessível.
Por este motivo, a rádio tem sido
um instrumento privilegiado no âmbito da nossa resposta à crise.
A rádio tem contribuído para
salvar vidas através da transmissão de instruções sanitárias, da difusão de uma
informação fiável e também do combate ao discurso de ódio. A UNESCO aproveitou
este potencial produzindo mensagens áudio livres de direitos de autor em 56
línguas e oferecendo-as a estações de rádio de todo o mundo para contrariar
falsos rumores.
Além disso, a rádio permitiu
assegurar a continuidade da aprendizagem para as populações que só podiam ser
alcançadas através dela. Desde modo, graças à Coligação Mundial para a
Educação, a UNESCO desenvolveu uma autêntica pedagogia das ondas. Por exemplo,
na República Democrática do Congo, a nossa Organização desenvolveu e divulgou
conteúdos educativos para mais de quatro milhões de alunos, transmitidos em
estações de rádio comunitárias.
A rádio continua assim a ser um
meio indispensável que demonstra diariamente a sua resiliência e a sua
capacidade de inovação.
Neste século das imagens, a rádio
continua a ser a nossa companhia todas as manhãs, o eco das nossas noites, o
espelho íntimo de um mundo que deve ser ouvido para ser compreendido. Com o universo
das web rádios, podcasts, smartphones e das novas tecnologias, a rádio está a florescer
numa verdadeira segunda juventude.
Com o tema desta edição do Dia Mundial da Rádio, "Novo Mundo, Nova Rádio", reafirmamos o papel central da rádio, no presente e no futuro.
Pois, mais do que nunca, precisamos deste meio de comunicação universal, humanista, portador de liberdade. Pois, sem a rádio, o direito à informação, à liberdade de expressão e, com ela, às liberdades fundamentais, ficariam fragilizados; o mesmo se aplica à diversidade cultural, uma vez que as rádios comunitárias são a voz daqueles que não a têm.
Neste Dia Mundial da Rádio, a
UNESCO apela a todos - ouvintes, emissoras e profissionais do setor audiovisual
- para que celebrem a rádio e os seus valores e promovam uma informação fiável
como um bem comum.
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