Blog do Agrupamento de Escolas Carolina Michaëlis - Este blog tem como objetivo divulgar sistematicamente todas as atividades das escolas do Agrupamento, no âmbito do Sistema de Escolas Associadas da Unesco.
sábado, 3 de maio de 2014
quarta-feira, 30 de abril de 2014
quarta-feira, 23 de abril de 2014
23 de abril - DIA MUNDIAL DO LIVRO E DO AUTOR
Os livros têm a capacidade de contribuir para a realização pessoal e desencadear mudanças sociais. Simultaneamente íntimos e profundamente sociais, os livros abrem caminho ao diálogo entre as pessoas, no seio da comunidade e através do tempo.
Ler a mensagem da Diretora Geral da UNESCO
sexta-feira, 4 de abril de 2014
13.º Encontro Nacional das Escolas Associadas da UNESCO
Decorreu, nos dias 29 e 30 de março, o 13.º Encontro das Escolas Associadas da UNESCO, na Fundação Inatel, em Oeiras.
Além de variadíssimas escolas estiveram também presentes delegações de Cabo Verde e Moçambique. Depois de um curto interregno, foi retomada a realização destes encontros nacionais com o objetivo de partilhar experiências e projetos. O resultado saldou-se por uma enorme riqueza e diversidade de apresentações e pelo reforço da vontade de colaboração entra as várias escolas, assim como de criação de parcerias com as escolas dos Países de Língua Oficial Portuguesa.
Brevemente deixaremos aqui o link para as comunicações disponibilizadas no site oficial da Comissão Nacional da UNESCO.
Embora já o tenhamos feito no momento, não é demais salientar o valor desta experiência que irá seguramente ter muitos frutos e repetir-se no futuro.
Pessoalmente, o meu obrigada a todos.
quinta-feira, 27 de março de 2014
27 de março - DIA MUNDIAL DO TEATRO
Foto retirada da performance 'Exhibit B', produzida pela companhia dirigida por Brett Bailey, a 'Third World Bunfight'.
Srs. e Sras. eis a mensagem de Brett Bailey para amanhã (e sempre, atrever-me-ia) dia 27 de MARÇO, DIA MUNDIAL DO TEATRO:
"Desde que existe sociedade humana, existe o irreprimível espírito da representação.
Debaixo das árvores, nas pequenas cidades e sobre os palcos sofisticados das grandes metrópoles, nas entradas das escolas, nos campos, nos templos; nos bairros pobres, nas praças públicas, nos centros comunitários, nas caves do centro das cidades, as pessoas reúnem-se para comungar da efeméride do mundo teatral que criámos para expressar a nossa complexidade humana, a nossa diversidade, a nossa vulnerabilidade, em carne, em respiração e em voz.
Reunimo-nos para chorar e para recordar; para rir e para comtemplar; para ouvir e aprender, para afirmar e para imaginar. Para admirar a destreza técnica, e para encarnar deuses. Para recuperar o folego coletivo, na nossa capacidade para a beleza, a compaixão e a monstruosidade. Vive??mos pela energia e pelo poder. Para celebrar a riqueza das várias culturas e para afastar as fronteiras que nos dividem.
Desde que existe sociedade humana, existe o irreprimível espírito da representação.
Nascido na comunidade, veste as máscaras e os trajes das mais variadas tradições. Aproveita as nossas línguas, os ritmos e os gestos, e cria espaços no meio de nós. E nós, artistas que trabalhamos o espírito antigo, sentimo-nos compelidos a canalizá-lo pelos nossos corações, pelas nossas ideias e pelos nossos corpos para revelar as nossas realidades em toda a sua concretude e brilhante mistério.
Mas, nesta ERA em que tantos milhões lutam para sobreviver, está-se a sofrer com regimes opressivos e capitalismos predadores, fugindo de conflitos e dificuldades, com a nossa privacidade invadida pelos serviços secretos e as nossas palavras censuradas por governos intrusivos; com as florestas a ser aniquiladas, as espécies exterminadas e os oceanos envenenados.
O que é que nos sentimos obrigados a revelar?
Neste mundo de poder desigual, no qual várias hegemonias tentam convencer-nos que uma nação, uma raça, um género, uma preferência sexual, uma religião, uma ideologia, um quadro cultural é superior a todos os outros, será isto realmente defensável? Devemos insistir que as artes sejam banidas das agendas sociais?
Estaremos nós, os artistas do palco, em conformidade com as exigências dos mercados higienizados ou será que têm medo do poder que temos para limpar um espaço nos corações e no espirito da sociedade, reunir pessoas, para inspirar, encantar e informar, e para criar um mundo de esperança e de colaboração sincera?"
Tradução: Margarida Saraiva; revisão EV; Escola Superior de Teatro e Cinema
sexta-feira, 21 de março de 2014
21 de março - DIA MUNDIAL DA POESIA
Neste Dia Mundial da Poesia dos anos 40 de abril, juntamos o cartaz da Helena Vieira da Silva, com um poema de Jorge de Sena
Os Fuzilamentos de Goya
Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso.
É possível, porque tudo é possível, que ele seja
aquele que eu desejo para vós. Um simples mundo,
onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém
de nada haver que não seja simples e natural.
Um mundo em que tudo seja permitido,
conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso prazer,
o vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros por vós.
E é possível que não seja isto, nem seja sequer isto
o que vos interesse para viver. Tudo é possível,
ainda quando lutemos, como devemos lutar,
por quanto nos pareça a liberdade e a justiça,
ou mais que qualquer delas uma fiel
dedicação à honra de estar vivo.
Um dia sabereis que mais que a humanidade
não tem conta o número dos que pensaram assim,
amaram o seu semelhante no que ele tinha de único,
de insólito, de livre, de diferente,
e foram sacrificados, torturados, espancados,
e entregues hipocritamente â secular justiça,
para que os liquidasse «com suma piedade e sem efusão de sangue.»
Por serem fiéis a um deus, a um pensamento,
a uma pátria, uma esperança, ou muito apenas
à fome irrespondível que lhes roía as entranhas,
foram estripados, esfolados, queimados, gaseados,
e os seus corpos amontoados tão anonimamente quanto haviam vivido,
ou suas cinzas dispersas para que delas não restasse memória.
Às vezes, por serem de uma raça, outras
por serem de urna classe, expiaram todos
os erros que não tinham cometido ou não tinham consciência
de haver cometido. Mas também aconteceu
e acontece que não foram mortos.
Houve sempre infinitas maneiras de prevalecer,
aniquilando mansamente, delicadamente,
por ínvios caminhos quais se diz que são ínvios os de Deus.
Estes fuzilamentos, este heroísmo, este horror,
foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha
há mais de um século e que por violenta e injusta
ofendeu o coração de um pintor chamado Goya,
que tinha um coração muito grande, cheio de fúria
e de amor. Mas isto nada é, meus filhos.
Apenas um episódio, um episódio breve,
nesta cadela de que sois um elo (ou não sereis)
de ferro e de suor e sangue e algum sémen
a caminho do mundo que vos sonho.
Acreditai que nenhum mundo, que nada nem ninguém
vale mais que uma vida ou a alegria de té-1a.
É isto o que mais importa - essa alegria.
Acreditai que a dignidade em que hão-de falar-vos tanto
não é senão essa alegria que vem
de estar-se vivo e sabendo que nenhuma vez alguém
está menos vivo ou sofre ou morre
para que um só de vós resista um pouco mais
à morte que é de todos e virá.
Que tudo isto sabereis serenamente,
sem culpas a ninguém, sem terror, sem ambição,
e sobretudo sem desapego ou indiferença,
ardentemente espero. Tanto sangue,
tanta dor, tanta angústia, um dia
- mesmo que o tédio de um mundo feliz vos persiga -
não hão-de ser em vão. Confesso que
multas vezes, pensando no horror de tantos séculos
de opressão e crueldade, hesito por momentos
e uma amargura me submerge inconsolável.
Serão ou não em vão? Mas, mesmo que o não sejam,
quem ressuscita esses milhões, quem restitui
não só a vida, mas tudo o que lhes foi tirado?
Nenhum Juízo Final, meus filhos, pode dar-lhes
aquele instante que não viveram, aquele objecto
que não fruíram, aquele gesto
de amor, que fariam «amanhã».
E. por isso, o mesmo mundo que criemos
nos cumpre tê-lo com cuidado, como coisa
que não é nossa, que nos é cedida
para a guardarmos respeitosamente
em memória do sangue que nos corre nas veias,
da nossa carne que foi outra, do amor que
outros não amaram porque lho roubaram.
Jorge de Sena
sábado, 8 de março de 2014
Dia Internacional da Mulher - 8 de março
Pintura de José Dias Coelho
Porque este ano se comemoram os 40 anos do 25 de abril, escolhemos comemorar uma das mulheres que lutou por ela e por todos, em nome da liberdade, da dignidade humana.
Catarina Eufémia
E eu penso nesse instante em que ficaste exposta
Estavas grávida porém não recuaste
Porque a tua lição é esta: fazer frente
Pois não deste homem por ti
E não ficaste em casa a cozinhar intrigas
Segundo o antiquíssimo método oblíquo das mulheres
Nem usaste de manobra ou de calúnia
E não serviste apenas para chorar os mortos
Tinha chegado o tempo
Em que era preciso que alguém não recuasse
E a terra bebeu um sangue duas vezes puro
Porque eras a mulher e não somente a fêmea
Eras a inocência frontal que não recua
Antígona poisou a sua mão sobre o teu ombro no instante em que morreste
E a busca da justiça continua.
Sophia de Mello Breyner Andersen
sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Mensagem de Irina Bokova por ocasião do Dia Internacional de Comemoração em Memória das vítimas do Holocausto
Campo de concentração de Auschwitz
Cada aniversário da libertação do
campo de concentração e extermínio de Auschwitz-Birkenau, recorda-nos com
horror, as atrocidades que foram cometidas pelo regime nazi e os seus
seguidores. Este colapso nos valores que sustentam a nossa humanidade, recorda-nos
a fragilidade da paz e a urgência em fortalecer os pilares da tolerância, o
respeito pelos outros e pelos direitos humanos. Esta obrigação aplica-se a
todos os países, no presente, e no futuro.
Auschwitz-Birkenau, e o seu sistema
de extermínio, representam um ponto culminante na destruição de seres humanos
por outros seres humanos. Em nome de uma ideologia racista, onde o ódio aos
judeus era o elemento central, pessoas de todas as idades e condições, foram
sistematicamente assassinadas numa escala mundial, apenas porque eram judeus.
Milhões de outras pessoas, que devido a uma suposta inferioridade racial,
ideias ou por outros motivos, foram perseguidas e mortas pelos nazis e os seus
colaboradores durante a Segunda Guerra Mundial.
O genocídio do povo judeu procurou
eliminar um património cultural europeu secular. A UNESCO presta homenagem às
vítimas sem sepultura que serão condenadas uma segunda vez se forem esquecidas
pela história. A UNESCO presta também homenagem aos sobreviventes, alguns dos
quais partilham os seus testemunhos nas escolas.
Quanto mais esta tragédia se afasta
de nós no tempo, e há medida que os sobreviventes desaparecem, maior será a
necessidade de ensinar o significado desta história no presente. O Holocausto
mostra o quão longe pode chegar o ódio. Também nos recorda que a loucura de
alguns também é seguida pela ignorância e indiferença de outros, que, por falta
de conhecimento histórico, não conseguem prestar atenção aos sinais de extrema
violência. Esse risco permanece hoje em dia. Aqueles que negam ou relativizam
os crimes do Holocausto, procuram perpetuar as causas do genocídio e de reviver
a violência. A Educação continua a ser o último bastião para nos proteger
contra essa ameaça e é aqui que a missão da UNESCO assume o seu pleno
significado.
A memória deve ser o primeiro passo
de um esforço comum para prevenir qualquer genocídio e qualquer repetição de
uma nova violência em massa. Por isso, a UNESCO está a ajudar os Estados a
integrar essas questões difíceis nas suas prioridades, desenvolvendo Cátedras
UNESCO sobre este tema, e a apoiar a conceção e avaliação de conteúdos
educativos.
Neste dia, chamo todos os Estados
membros da UNESCO a preservar e a disseminar o conhecimento desta história, e a
combater todas as formas de racismo e antissemitismo. Ensinar sobre o
Holocausto é uma forma real de combater a intolerância e o preconceito em todo
o mundo, tomando a propriedade de uma história que lança a luz sobre a nossa
humanidade comum.
A UNESCO foi criada na esteira do
Holocausto, na convicção de que uma paz duradoura deve basear-se na compreensão
mútua dos povos e das culturas, através da educação e da partilha de
conhecimentos, de forma a destacar o que de melhor existe dentro de nós.
O Holocausto mostrou-nos o pior de
nós próprios, e a lembrança das vítimas deve acompanhar-nos na nossa busca de
um mundo onde tais horrores nunca mais reaparecerão.
Irina Bokova
Diretora Geral da UNESCO
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
Dia Internacional das Vítimas do Holocausto
O Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto foi criado pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, através da Resolução 60/7, de 1 de novembro de 2005. Foi neste âmbito, e na sequência da Resolução aprovada pelo Parlamento Europeu (2005) que estabeleceu o dia 27 de Janeiro como o Dia Europeu de Memória do Holocausto, que Portugal, também, se associou a esta evocação, através Resolução da Assembleia da República n.º 10/2010, de 2 de fevereiro.
sexta-feira, 17 de janeiro de 2014
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